Análise

Receber renda própria outorga poder de decisão sobre a administração das retribuições econômicas para cobrir as necessidades próprias e de outros membros do lar, de maneira que este indicador é chave para caracterizar a falta de autonomia econômica das mulheres.
Se bem o incremento da participação laboral feminina tenha contribuído para a diminuição da proporção de mulheres sem renda própria desde as primeiras medições, feitas no final da década de 1990, ainda em 2019 esta proporção alcançava, na média regional, 28.6% – enquanto que para os homens a cifra era de 10.4%. Isso significa que quase um terço das mulheres da região depende de outros para sua subsistência, o que as torna vulneráveis desde o ponto de vista econômico e dependentes daqueles que possuem renda, que em geral são os homens.